O conflito do ser humano com o meio ambiente existe desde que o mundo é mundo, mas quando a humanidade ainda engatinhava, havia um equilibro de forças, já que as sociedades ainda eram tribais e não haviam grandes populações se concentrando nas cidades. Além disso, o respeito pela natureza estava muito associado ao que o Criador havia disponibilizado para o sustento, e nada além do necessário era tirado do seu contexto.

A partir da revolução industrial, começou a corrida dos países desenvolvidos para disputar as melhores posições no ranking econômico, e nem se pensava na preservação dos recursos naturais, ou porque eram considerados inesgotáveis ou porque só se pensava em progresso. Para que a sociedade desfrutasse do conforto dos tempos modernos, tudo o que a indústria criava ajudava a acelerar a substituição do passado rural (e “natural”) – que estava associado à noção de atraso – pela cultura urbana.

BEM-VINDA, SUSTENTABILIDADE!

A fome de prosperidade, que começou depois da Segunda Guerra, mostrou sinais de “obesidade mórbida” trinta anos depois. O mundo se globalizou, as economias entraram em colapso e os efeitos colaterais começaram a ser sentidos na natureza; como o agigantamento dos rejeitos nos sistemas de esgoto e saneamento, um dos problemas mais graves do desenvolvimento desenfreado dos centros urbanos.

A Rio 92, conferência mundial sobre o meio ambiente, fez com que caísse a ficha das lideranças de 170 países que se reuniram no Rio de Janeiro. Ali, foi estabelecido um consenso de que seriam necessárias ações concretas para que o uso dos recursos naturais para satisfazer as necessidades de hoje, não poderia comprometer a satisfação das necessidades das próximas gerações. Nasceu, com força, o conceito de Sustentabilidade. 

Com a atuação dos governos e centros científicos em todo o mundo, estimulando mudanças de comportamento em toda a sociedade, finalmente estamos nos dando conta de que podemos conviver com os recursos naturais sem abrir mão dos avanços da modernidade. Pelo contrário, hoje percebemos que teríamos avançado muito mais se tivéssemos aprendido a conviver melhor com a natureza desde o início do processo de industrialização e urbanização.

E é sempre bom lembrar que, de todos os recursos naturais, a Água é o mais importante, por ser essencial para a sobrevivência de todo o ecossistema. Quanto mais agirmos para cuidar bem desta fonte de vida, mais vamos ter o prazer de desfrutar dos bens que o desenvolvimento nos proporciona.